domingo, 23 de fevereiro de 2014

A verdadeira voz do Brasil está nos jornais do interior, diz presidente da Adjori BR

Presidente da Adjori Brasil e da Adjori Santa Catarina, Miguel Ângelo Gobbi, fala sobre a importância da entidade nacional
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Gobbi: nossos jornais chegam a dois mil municípios brasileiros
Em entrevista à Adjori Sergipe, o presidente da Adjori Brasil e da Adjori Santa Catarina, Miguel Ângelo Gobbi,  fala sobre a importância da entidade nacional e da missão de unir, capacitar e fortalecer os jornais que falam diretamente com as comunidades brasileiras
Qual a importância da Adjori Brasil no contexto da mídia impressa alternativa?
Gobbi: A Associação Nacional dos Jornais do Interior do Brasil - Adjori Brasil nasceu com o objetivo de fortalecer a ação de cada Adjori estadual e, com isso, promover a união, a capacitação e o fortalecimento dos jornais do interior do Brasil. Nosso papel institucional também é divulgar a força dos jornais do interior como eficientes veículos de informação das comunidades brasileiras.
Qual o alcance da Adjori Brasil atualmente?
Gobbi: A Adjori Brasil conta com cerca de 600 jornais locais, associados às respectivas entidades estaduais, responsáveis pela informação que chega diretamente a cerca de dois mil municípios brasileiros.
O que está sendo feito pela Adjori Brasil para que a entidade esteja presente em todos os estados da Federação?
Gobbi: A Adjori Brasil é formada por Adjoris estaduais. As primeiras signatárias da Adjori Brasil foram as Associações de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. Logo em seguida, a Adjori Sergipe e a Adjori Rondônia se incorporaram à entidade nacional. Cabe a cada um dos presidentes das Adjoris estaduais ajudar a trazer associações de jornais do interior de outros estados brasileiros para ampliar a presença da Adjori Brasil. O mais importante é que todos estejam juntos, com o mesmo objetivo de unir, capacitar e fortalecer a imprensa do interior, pois a soma desses jornais de pequeno porte é que são, verdadeiramente, a voz do Brasil.
Qual a sua avaliação sobre os jornais locais em relação à opinião pública?
Gobbi: Os jornais do interior, também chamados de jornais locais, quando circulam em uma única cidade, ou jornais regionais, quando abrangem um grupo de municípios – estão ganhando muita força , como veículos de informação das comunidades brasileiras. Os Governos Estaduais, as Assembleias Legislativas e também o Governo Federal têm mostrado grande interesse em se comunicar com as comunidades interioranas por meio da imprensa escrita. A sociedade civil organizada, como as Associações de classe, as Federações e as Confederações também estão percebendo que para se comunicar com o cidadão que vive no interior, seja na área urbana ou rural, o caminho é o jornal que circula no município, que fala diretamente com a sociedade local.
O que sua administração na Adjori Brasil pretende fazer para profissionalizar os jornais no Brasil?
Gobbi: A profissionalização é um caminho que não tem volta e que também não tem fim. Temos incentivado muito a capacitação e aprimoramento dos jornais por meio de cursos, palestras, seminários e treinamentos nas próprias empresas jornalísticas. Esse trabalho, cada Adjori estadual já desenvolve, especialmente nos Congressos realizados anualmente e que sempre incluem uma pauta técnica na programação. Nossa intenção é avançar ainda mais e para isso temos que ir buscar apoio da iniciativa privada e do poder público para proporcionar formação e aprimoramento em todas as áreas do jornal: redação, diagramação, websites, vendas e gestão empresarial.
Uma das vantagens dos jornais do interior é a exclusividade de assuntos locais, como o senhor vê essa questão?
Gobbi: É exatamente isso que nos diferencia. As notícias nacionais, internacionais e mesmo as estaduais você encontra em vários jornais e em vários portais na internet. Porém, a notícia do município, do bairro, da rua, essa só se encontra no jornal local, no jornal que vive a comunidade, que defende os interesses da comunidade, que é o elo entre o poder público e o cidadão, que divulga e preserva as tradições e a cultura das comunidades nas quais circula.

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