quinta-feira, 13 de junho de 2013

Decretada prisão de pedreiro que matou adolescente


Acusado nega envolvimento, mas polícia não duvida da autoria

O juiz Antonio Cerqueira, da Comarca de São Cristovão, decretou a prisão preventiva do pedreiro Mário César Santos de Oliveira, acusado pelo assassinato da adolescente Laísa Santos Andrade, 16, cujo corpo foi encontrado parcialmente enterrado e com o rosto desfigurado na noite da última terça-feira, 11, em uma área de manguezal situada no Jardim Universitário, município de São Cristóvão.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi concluído, mas os estudos preliminares indicam que a adolescente teria sido morta por asfixia mecânica, segundo informou a delegada Juciara Mendonça, que está à frente das investigações. O corpo ainda permanece no IML para identificação oficial.

O pedreiro permanecerá preso à disposição da justiça, mas ele nega envolvimento na morte da adolescente. No entanto, na ótica da delegada, não há dúvidas quanto à autoria do crime. Nas investigações deste crime, a delegada detectou um passado sombrio do pedreiro. Uma das testemunhas se identificou como vítima de estupro supostamente praticado pelo pedreiro e informou que não teria denunciado à época [cerca de cinco anos atrás] por ter sido ameaça de morte.

A delegada informou que a sacola usada para acondicionar o corpo da adolescente teria sido vista por mais de uma testemunha na residência do pedreiro e que ele até teria comentado que aquela embalagem seria suficiente para “guardar uma pessoa”, pelo tamanho. O pedreiro também foi visto dentro da residência dela, no dia em que a adolescente desapareceu, empurrando um carrinho de mão.

Na porta da casa, segundo a delegada, foi encontrado um copo com água, indicando que o pedreiro teria utilizado o pedido de água como argumento para atrair a vítima a abrir a porta, que estava trancada. Vizinhos também teriam ouvido gritos por volta do meio dia. O pedreiro também foi visto, conforme a delegada, em uma carroça com a sacola [a mesma embalagem que teria sido vista na casa dele anteriormente e com as mesmas características daquela usada para colocar o corpo da adolescente antes de enterrá-lo].

Conforme as investigações, o pedreiro posteriormente teria retornado, já sem a sacola. Conforme informações da delegada, os exames periciais revelam indícios de sangue na carroça do pedreiro, assim como também foram encontrados vestígios de sangue na corda que foi encontrada no fundo da casa da vítima. A corda apresentava formato e nó de forca, indicando que aquele objeto teria sido usado pelo pedreiro para asfixiá-la.

Apesar dos indícios, os exames que comprovariam a prática de violência sexual ficaram prejudicados devido ao elevado estado de putrefação em que se encontrava o corpo, segundo informações da delegada Jaciara Mendonça.

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