sexta-feira, 26 de abril de 2013

Motociclista e flagrado transportando irregularmente Carnes


Vigilância Sanitária adverte que o flagrante é caso de polícia


O internauta flagrou na manhã desta sexta-feira, 26, uma motocicleta transportando irregularmente uma carga de carne animal, destinada a comercialização em um frigorífico na Praia de Atalaia.
A carne estava dentro de um baú acoplado no espaço do carona da motocicleta de placa IAD – 8784, licença de Itabaiana.

O coordenador de vigilância sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Ávio Britto, explica que a situação se caracteriza como “flagrante delito”, verdadeiro caso de polícia. Em caso semelhante, segundo Ávio Britto, qualquer cidadão pode acionar diretamente a polícia militar por meio do telefone 190 do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp).

O coordenador de vigilância sanitária alerta que a Prefeitura de Aracaju não dispõe de meios que possa garantir a prevenção, em casos desta natureza. “Se por acaso minha equipe flagrar, como o Portal Infonet flagrou, imediatamente o condutor seria abordado e toda a carga seria apreendida”, garante Britto. “Seria caso de flagrante delito por acaso porque a vigilância sanitária não é polícia ostensiva”, explicou.

Refrigeração
Motociclista entre em frigoriífico para descarregar carne
O diretor estadual de Vigilância Sanitária [órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde], Antonio Pádua Pombo, explica que a carne só pode ser transportada em veículo refrigerado com temperatura mínima de 7º C. “Inclusive em casa, o consumidor deve imediatamente levar a carne para a geladeira”, orienta o diretor.

Para o diretor da Vigilância Sanitária do Estado, pode estar também implícito um outro delito, além do transporte irregular: a clandestinidade. “Este tipo de transporte é uma infração escancarada e deve também a vigilância sanitária do município identificar a procedência daquela carne”, observou.

São muitos os riscos da clandestinidade do abate e do transporte irregular de carne animal para o humano, conforme adverte a gerente de vigilância de alimentos da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária, Rosana Paula Barreto. Ela alerta que a clientela, ao adquirir o produto em qualquer estabelecimento, deve estar atenta ao selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que pode ser expedido pelo município, pelo Estado ou pela União.

Ela observa que, ao fazer o transporte irregular, o responsável está expondo a carne a contaminação, o que poderá ocorrer a deterioração do alimento. E, ao ingerir o produto, as pessoas, conforme alerta Rosana Barreto, estão sujeitas a contrair uma série de doenças que vão desde infecção intestinal a tuberculose, entre outros males.

Pente fino
Moto dentro do frigorífico
O jornal dos municípios tentou falar com o proprietário do frigorífico que recebeu a carne transportada na motocicleta, mas não obteve êxito. Os funcionários informaram apenas que ele não se encontrava no estabelecimento e se comprometeram a orientá-lo a entrar em contato com o jornal dos municípios Mas até o momento, ele não se pronunciou. o jornal dos municípios à disposição do comerciante. As informações poderão ser encaminhadas por e-mail jornaldosmunicipios@hotmail.com ou por telefone (79) 98696117

O coordenador da Vigilância Sanitária do Município de Aracaju, Ávio Britto, ligou, a pouco, informando que, assim que provocado pela equipe de reportagem do jornal dos municípios, tomou a iniciativa de ir pessoalmente ao frigorífico em questão. No entanto, ele não conseguiu fazer o flagrante.
Motociclista faz longo trajeto até chegar a frigorífico
Ao jornal dos municípios, Ávio Brito informou que constatou a presença da motocicleta ainda dentro das instalações do frigorífico, mas o baú já estava limpo. O coordenador garante que a equipe da Vigilância Sanitária fará uma inspeção “pente fino” naquele frigorífico. Ele constatou que o frigorífico comercializa outros tipos de alimentos. “Percebemos que a estrutura daquele frigorífico é relativamente igual a todos, mas ele vai ter que provar a procedência daquela carne e vamos ver se, pela razão social, ele está apto para comercializar outros produtos”, informou Britto.

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