quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Operação da PF cumpre mandados de busca e apreensão em Aracaju e Estância

A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (17) a Operação Alquimia, que aconteceu simultaneamente em Sergipe e mais 16 Estados. No Estado foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em dois escritórios de contabilidade localizados na capital e na cidade de Estância, expedidos pela Justiça Federal de Juiz de Fora (MG). Em Estância, foram arrecadados documentos de uma das empresas investigadas, que possui filial em Aracaju.

No total a Operação vai cumprir 31 Mandados de Prisão Temporária, 129 Mandados de Busca e Apreensão, 63 Mandados de Condução Coercitiva, e o sequestro de bens de 62 pessoas físicas e 195 pessoas jurídicas. As medidas judiciais decretadas poderão reverter ao patrimônio da União mais de R$ 1 bilhão, direta ou indiretamente sonegados pelo esquema envolvendo paraísos fiscais.

A ação, com repercussão nos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe, desarticulou organização criminosa formada por empresários, estabelecidos principalmente nos Estados da Bahia e São Paulo, com o intuito de praticar, entre outros, crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

A organização criminosa investigada é composta por quase 300 empresas nacionais e estrangeiras, sendo que estas últimas têm sua maioria sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Daquelas diretamente envolvidas nos fatos apurados, identificou-se que pelo menos 50 são "laranjas".

Investigações

As investigações tiveram início com fiscalizações da Receita Federal que detectou indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo. Havia também a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como "laranjas".

O esquema seria utilizado para forjar operações comerciais e financeiras com intuito de não recolher os tributos devidos ao Fisco. Para isso, os órgãos investigam a utilização de empresas interpostas (laranjas), empresas sediadas em paraísos fiscais, factorings (atividade de fomento mercantil) e até fundos de investimento utilizados na suposta fraud

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