quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Três juízes sergipanos têm proteção especial da polícia


Três magistrados em Sergipe atualmente estão recebendo proteção especial em virtude de ameaças de morte sofridas pelo exercício da profissão. O presidente da Associação dos Magistrados de Sergipe (Amase), Paulo Macedo, não revela os nomes nem as comarcas em que atuam, por questão de segurança. “Faz parte da segurança deles, por isso não revelamos quem são esses magistrados nem onde atuam”, disse.

De acordo com o presidente da Amase, para cada caso, a depender da rotina do magistrado e da gravidade das ameaças, por exemplo, o Tribunal de Justiça procura dar um tratamento diferenciado à proteção a esses magistrados. O juiz Paulo Macedo disse que em caso de ameaça a segurança pode ser feita através de escolta, guarda-costas armado, monitoramento com filmagem do local onde ele trabalha e residência. “Cada caso especificamente comporta uma segurança adequada, mas todos passam por uma atenção maior à proteção do magistrado e guarda armada”, disse.

Na sexta-feira passada, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia atualizado a relação dos magistrados ameaçados no país. Segundo o levantamento, existiam pelo menos cem juízes nessa situação. De acordo com as informações prestadas pelos tribunais, havia 69 juízes ameaçados, 13 sujeitos a situações de risco e 42 juízes escoltados. Na relação divulgada, existia apenas um juiz sergipano nessa situação.

Indagado sobre se houve um reforço na segurança dos juízes sergipanos ameaçados depois do assassinato da juíza carioca Patrícia Acioli, na semana passada, o presidente da Associação dos Magistrados de Sergipe disse que eles continuam recebendo os mesmos cuidados especiais na segurança que vinham tendo antes.

O juiz Paulo Macedo chamou atenção que assim como a juíza Patrícia Acioli os magistrados acabam sendo ameaçados por conta de sua atuação diária, contrariando interesses políticos, econômicos e na área do crime e esse trabalho passa em silêncio, como é próprio da atividade do magistrado. “Em que pese termos três juízes recebendo proteção por conta de ameaças, há dezenas de magistrados que vivem numa ameaça velada, e sofrendo perigo constante, e por isso eles precisam de segurança e de uma atenção especial”, ressaltou o presidente da Amase.

Amanhã completa um ano do atentado que teve como alvo o desembargador Luiz Mendonça. O veículo oficial em que ele estava foi abordado por homens que vinham em outro carro e atingido na avenida Beira Mar, em Aracaju, com dezenas de tiros. Na ação, o motorista que estava com ele, o cabo Jailton Batista, foi alvejado pelos disparos.

Segundo informações do Ministério Público estadual, não existe em Sergipe, oficialmente, nenhum promotor de Justiça ameaçado de morte que tenha requerido proteção. De acordo com a Assessoria de Comunicação do MP, há algum tempo já houve ameaças a promotores do interior do Estado, no entanto, nada que chegasse a ser formalizado para que recebesse proteção oficial.

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