domingo, 15 de julho de 2012

Ameaças via Facebook: a evolução natural do pishings


Recentemente, muitos usuários do Facebook receberam o convite para o aplicativo “Enable Dislike Button”, que prometia o tão aguardado botão de “não curti”. Mais de oito mil pessoas caíram na armadilha em poucas horas e foram levadas a instalar um programa que facilita o roubo de dados e replica o convite aos contatos da vítima. A contaminação de computadores, smartphones e tablets via Facebook utiliza as mesmas técnicas de pishing dos golpes via e-mail, que induzem usuários a fazer download de um programa ou acessar um site que infectará o equipamento.
Se somos ameaçados pelos mesmos golpes, por que tantas pessoas caem nas armadilhas dos mal intencionados? A chave é o comportamento online. O uso da internet com intensidade e por meio de tantas ferramentas ainda é algo novo, portanto, muitos ainda não atentaram para os riscos inerentes às atividades em rede e ainda agem de forma ingênua, não verificando a procedência de e-mails, links e aplicativos.
Com isso em mente, tão importante quanto ter um antivírus que o alerte sobre possíveis ameaças, é a necessidade de ligar o “desconfiômetro”, ser prudente. Assim, nós, profissionais da segurança, temos a missão de conscientizar os usuários sobre o comportamento seguro na internet, levando nosso trabalho além do desenvolvimento de bons softwares de proteção.
Para que as informações sobre riscos tenham utilidade prática, o processo de conscientização precisa de aliados importantes: pais, educadores e o ambiente corporativo. Muitas crianças aprendem a mexer no computador ou smartphone antes mesmo de amarrar os próprios sapatos, então os pais e educadores devem orientá-los sobre segurança online desde o início de seu contato com a tecnologia, para que o hábito seguro torne-se parte de sua vida.
Já as empresas devem zelar pela proteção de suas redes e instruir seus colaboradores sobre práticas seguras para uso da internet, minimizando riscos de perdas de dados e aumentando a segurança de seus funcionários. O aumento da utilização de equipamentos pessoais no trabalho reforça essa tese, pois sem as devidas orientações, a prática expõe as redes corporativas a riscos ainda maiores.
Se você só notou o risco de um aplicativo malicioso no Facebook após clicar nele, temos algumas dicas: ative as ferramentas de verificação do seu antivírus para checar se foi contaminado e, em caso positivo, faça a desinfecção. Mesmo se não foi diagnosticado nenhum vírus, altere a senha do Facebook. Como a ameaça chegou por meio da rede social, o hacker pode ter tido acesso aos seus dados.
Mais de 900 milhões de pessoas usam o Facebook no mundo, então, a tendência é que novas ameaças surjam na rede social e a melhor arma contra elas é o cuidado. Mantenha seu antivírus atualizado e seja cauteloso quanto aos links, arquivos recebidos ou qualquer conteúdo de procedência duvidosa. Para ajudá-lo nessa tarefa, continuaremos desenvolvendo softwares que minimizem os riscos e o alertando sobre novas ameaças. Afinal, sua segurança é nosso trabalho, mas está também em suas mãos.

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