quinta-feira, 22 de julho de 2010

Maternidade não se pronuncia sobre material esquecido no útero de paciente


Procurados pela nossa reportagem na manhã desta quinta-feira, 22, ninguém da direção do Hospital e Maternidade Santa Isabel quis se pronunciar sobre o caso da paciente que acusa a unidade de saúde de esquecer, dentro do útero dela, materiais utilizados para o parto do filho, hoje com oito meses.

A dona de casa Eliana Alves dos Santos só descobriu o problema na última quarta-feira, 21, quando o organismo expeliu, sozinho, uma quantidade de gazes que deveria ter sido descartada após o parto. As cólicas e febre constantes, durante todo esse período, eram vistos pela mulher como uma reação normal do organismo. Até que, ao ir ao banheiro, ela viu ser expelido o material, e chegou a pensar que estivesse sofrendo um aborto espontâneo.

“Sempre que sentia alguma coisa eu tomava um remédio e as dores passavam. Mas ontem, quando expeli o material, achei até que fosse um feto e pedi ajuda a uma vinha, que percebeu que na verdade se tratava de gazes esquecidas dentro de mim”, relata a mulher. Eliana prestou queixa e foi encaminhada ao IML, para fazer exame de corpo de delito a fim de comprovar o dano físico.

“Vou processá-los porque eles foram irresponsáveis. Se eu não tivesse expelido o material, poderia ter morrido. Foram oito meses sentindo dores fortes”, lastima. Ela ainda não sabe quando o resultado do exame será entregue. Eliana ainda acusa a maternidade de tentar omitir as informações do prontuário médico, documento que comprovaria sua internação no local. “Só me entregaram porque eu estava com uma equipe da imprensa, mas ainda reclamaram”, afirma.

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