Centenas de famílias do município de Rosário do Catete estiveram hoje na porta da Câmara de Vereadores para pedir apoio dos parlamentares de oposição contra uma medida tomada pela prefeitura. Essa semana, sem nenhuma explicação prévia, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, excluiu cerca de 1.000 famílias do cadastro do Programa de Inclusão Social (PIS), que repassa R$ 100 para famílias carentes que foram cadastradas na gestão interina do prefeito Hélio dos Santos.
Segundo a vereadora Maura Cecília (PDT), que recebeu as famílias na sede da Câmara, não há nenhuma justificativa para o corte. “A secretária (vereadora Acácia Calazans) diz que o ex-prefeito Helhinho deletou a lista, mas ela mesmo se contradiz, pois se a lista tivesse realmente sido apagada, ela não estava pagando àquelas famílias que realmente ela, o prefeito Etelvino Barreto e o ex-prefeito Laércio Passos querem. É um absurdo. Tratam-se de famílias pobres e que precisam desse dinheiro para comer”, protesta a parlamentar.
Ela também denuncia a forma como o dinheiro está sendo pago. Na administração interina, o pagamento do PIS era feito na agência do Banese, e agora todo o procedimento é realizado no clube municipal. “É um verdadeiro chama ladrão. O dinheiro é entregue lá, com apenas dois guardas municipais acompanhando. As pessoas saem do clube e estão sujeitas a um assalto, pois não há segurança nenhuma”, informa Maura Cecília.
De acordo com ela, os vereadores de oposição irão se reunir para estudar uma forma legal para conseguir retornar essas famílias excluídas na lista de pagamento. “O projeto foi aprovado pelos vereadores e todo o cadastramento foi feito de forma séria. Já não basta deixar as famílias sem o programa há mais de dois anos e agora, quando nós conseguimos reativá-lo em apenas dois meses, o ex-prefeito vem e manda excluir do pagamento gente pobre, que depende desse dinheiro que vinha sendo pago pelo ex-prefeito Helhinho”, lamenta Maura Cecília.
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