segunda-feira, 25 de março de 2013

Vereador quer debater transplante de órgãos na Câmara


Parlamentar lamenta falta de estrutura para transplantes

O vereador Agnaldo Feitosa (PR) quer constituir equipes especializadas para realizar transplantes de órgãos em Sergipe. Nesta terça-feira, 26, o parlamentar apresentará requerimento solicitando da Presidência da Câmara Municipal de Vereadores a realização de uma sessão especial para debater a questão em plenário, que contará com participação de vários segmentos da sociedade.
A data ainda não está definida, mas o parlamentar pretende que o evento seja realizado no mês de abril. Nesta segunda-feira, 25, o parlamentar se dirigiu ao Ministério Público (MPE) para convidar pessoalmente a promotora de justiça Euza Missino para participar dos debates. “Sergipe já foi referência no Nordeste em transplante renal e de coração e agora há filas, sem que os procedimentos sejam realizados por falta de estrutura: faltam as comissões interhospitares e também equipes para realizar os procedimentos”, informou o vereador.
A promotora Euza Missano foi receptiva e revelou que a questão dos transplantes é tema já tratado em audiências públicas no Ministério Público Estadual, que já há ação civil pública com liminar concedida pelo Poder Judiciário para regularização das filas para realização dos transplantes de rins e se colocou à disposição para fomentar o debate na Câmara Municipal de Vereadores. “É importante que os legisladores se envolvam com a questão porque o transplante de rins, especialmente, é uma problemática no Estado”, considerou Missano, ao final da reunião que teve com o vereador.
Euza Missano: problemas com renais crônicos persisitem
Segundo a promotora, Sergipe continua realizando transplantes de coração, córnea, rins e de pele para enxerto ósseo. No entanto, o maior problema está no transplante de rins. Conforme ressaltou, apesar das grandes filas para transplante renal, Sergipe estava destinando órgãos para outros Estados devido à falta de estrutura para realizar os transplantes.
Além da falta de equipe especializada, a grande maioria dos hospitais não possui comissão interhospitalar. “Foi dado prazo de 30 dias, mas só dois hospitais privados formaram as comissões”, informa a promotora. E não basta formá-las, conforme alerta a promotora. As comissões têm o dever, segundo a promotora, de enviar os relatórios mensais para a Central de Transplante do Estado.
Para a promotora, houve grande avanço no transplante de córnea, mas os problemas relacionados ao transplante renal persistem porque não há hospital e nem equipes suficientes para realizar os procedimentos.

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