Deputado Augusto Bezerra denuncia contrato de R$ 12,5 milhões sem licitação da FHS

por ALESE, ascom

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O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), ocupou a tribuna na manhã de hoje (14) para voltar a denunciar a Fundação Hospitalar de Saúde. Agora, mais precisamente, sobre um novo contrato, com dispensa de licitação, no valor de R$ 12,5 milhões, com uma empresa para garantir a higienização do Hospital João Alves Filho, em substituição a Transur. Augusto Bezerra fez o comentário baseado na publicação do extrato do contrato no Diário Oficial do Estado.
Ao iniciar seu pronunciamento, Augusto Bezerra disse que “recebi um telefonema ontem do presidente da Somese (Sociedade Médica de Sergipe), Dr. Petrônio, me comunicando que a diretoria da entidade virá a esta Casa para uma audiência com a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Angélica Guimarães (PSC), com o objetivo de solicitar da AL, o mais rápido possível, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos e a aplicação dos recursos públicos pelas Fundações de Saúde”.
Augusto Bezerra disse ainda que a Somese, em conjunto com todos os sindicatos do segmento (enfermeiros, agentes de saúde, servidores da Saúde, Samu, médicos), a OAB e o Ministério Público, estarão reunidos na noite desta quarta-feira para fortalecer o movimento. “É inadmissível o que estão fazendo! E a gota d’água está nesse contrato publicado no Diário Oficial de hoje. Esse diretor da Fundação tinha que ser preso! A Transur enganou o governo ou ambos se enganaram. Mas ninguém sabe para onde foram os R$ 8 milhões que o Banese emprestou”.

“Agora, após um ano, a gente batendo nessa tecla, agora vem esse contrato de R$ 12,5 milhões, de novembro de 2012 a maio de 2013, com a Multiserv por dispensa de licitação! Uma Fundação que deve a todo mundo, que não paga aos fornecedores de comida e de medicamentos. O dono da empresa, que não tem nada com isso e que foi contratado, já sabe que não vai receber. Carioca da Transur que não pagou a ninguém ainda deu uma entrevista dizendo que ainda tem R$ 13 milhões para receber do Estado. Agora não falta mais nada”, acrescentou o democrata.
Por fim, Augusto Bezerra disse que “mangaram demais do povo. A dipirona, que é um remédio básico, não tem há dois meses! Ao invés de ficar dizendo bobagens na imprensa, os deputados deviam pedir ao governador que resolva a questão da Saúde. O povo está morrendo! Quem tem dinheiro vai para os hospitais de São Paulo e quem não tem? O País comprou 80 equipamentos de radioterapia e não veio um para Sergipe! Minha irmã mais velha morreu, vítima de câncer, dentro do Hospital João Alves e sendo muito bem tratada pelo médico Geraldo Bezerra. A Oncologia do Hospital João Alves sempre foi uma referência. Hoje não é por falta de medicamentos“.
“Uma enfermeira denunciou hoje que está faltando materiais básicos no hospital para atendimentos. O cidadão com braço quebrado e outro com a perna fraturada e sem previsão para engessar. Demoram 40 dias em média. Nisso vai inchando tudo! E o autor dessas perversidades e mazelas é o mesmo responsável por todas as indicações dos cargos de diretoria dos hospitais públicos em Sergipe: Rogério Carvalho (PT). Como bem disse o deputado Gilmar Carvalho (PR): instalaram uma quadrilha na Saúde de Sergipe! A Saúde de Sergipe chegou ao caos e o governador tem que resolver, tem que trabalhar. Tem que visitar os hospitais e apresentar soluções”, finalizou Augusto Bezerra.
Paulinho Filho
Em aparte, o deputado Paulinho Filho (PTdoB), que tem um familiar em tratamento de um câncer, disse que “essa questão da radioterapia é um problema sério e emergencial. A pessoa procura o hospital para receber a radiação e o aparelho está quebrado! Quem é vítima do câncer não pode esperar tanto. Tem que ter prioridade. Quero parabenizar o deputado Augusto Bezerra pelos seus discursos sobre a Saúde como também a promotora Euza Missano por sua luta incessante no MP. A Comissão de Saúde desta Casa e os demais deputados tem que cobrar uma posição firme para esse impasse da radioterapia”.