segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Família ficou soterrada durante desabamento de casa


Mãe tenta salvar os dois filhos que ficam machucados
Mãe tentou salvar os filhos e ficou bastante machucada 
Na manhã deste domingo, 4, ainda bastante assustados moradores do povoado Tanque Novo em Riachão do Dantas tentavam limpar a sujeira após a tempestade de granizo. O fato nunca antes presenciado pelos moradores deixou todos apavorados. Muitos perderam casas, veículos e até animais. O fato foi noticiado pelo Portal Infonet na noite de ontem,3.
A equipe do Portal Infonet esteve no povoado Tanque Novo, em Riachão do Dantas e encontrou relatos de pessoas que lutaram para sobreviver durante a tempestade.
Emocionada e ainda com hematomas por todo o corpo a dona de Milena de Oliveira relembra que na noite de ontem estava em casa com os filhos quando percebeu o forte vento, temendo que algo pudesse ocorrer com a estrutura da casa, Milena decidiu procurar abrigo em uma residência próxima, mas não deu tempo.
Casa destruída com a chuva de granizo
A dona de casa foi surpreendida com toda a madeira do telhado caindo sobre ela e os filhos. “Rapidamente olhei para o teto e vi quando as telhas começaram a voar, então fui tentar abrir a porta, mas a parede e a madeira do teto caiu sobre mim e os meus filhos. Foi muito difícil porque para tentar proteger a minha filha [2 anos] fiquei deitada com a madeira e a parede nas minhas costas. Quando consegui me soltar pedi para que meu outro filho [11 anos] pegasse a irmã no colo e procurasse ajuda. Tenho certeza que foi Deus que deixou eu e meus filhos viverem”. Mãe e filhos saíram feridos e receberam atendimento no hospital de Riachão do Dantas.
O marido de Milena, Cleverton de Jesus Freitas, conta que no momento da tempestade estava trabalhando e enfrentou a ventania para socorrer a família.
Devastação ocorreu após a tempestade
“Sair pela rua desesperado porque senti que algo poderia ocorrer com a minha família. Na rua tentava correr e o vento por pouco não me jogou para longe, vi quando as telhas passaram voando pela minha cabeça, mas quando cheguei a minha família já tinha saído da casa. Agora é trabalhar e conquistar tudo novamente”.
Prejuízos
Aos 62 anos, o aposentado Adelson Secundino dos Santos conta que nunca presenciou uma devastação na localidade. “Em toda a minha vida nunca vi algo desse tipo, era muito barulho com o granizo e tudo voando. Só pensei em agradecer a Deus pela minha vida e da minha família”, relata o aposentado que teve a garagem da residência e o caminhão atingidos.
Em todo o povoado o cenário é de devastação
“O prejuízo foi grande porque a garagem acabou toda e o caminhão amassou o capô e o para-brisa, mas agora é lutar para consegui tudo novamente”, fala.
Dono de um pequeno comércio, Pedro Alves de Santana, de 61 anos, diz que estava em casa com a família durante a ventania e achou que o pior poderia ocorrer. “Ficamos em casa assustados, apesar de ter sido rápido nunca vamos esquecer o que ocorreu. Imaginava aquelas cenas de filmes ou até mesmo o que presenciamos em outros países. Muita gente desesperada, mas somente hoje pela manhã podemos perceber os prejuízos”.
O dono de um bar, Raimundo Geraldo Oliveira Fontes, também lamenta o fato e diz que o aparelho de som, garrafas e todo o telhado ficaram danificados. “Ficamos impressionados com a força desse vento que arrastou as telhas, cadeiras e mesas do bar, não ficou nada no lugar. Até mesmo as árvores foram arrancadas e outras partidas ao meio”, diz.
A igreja também foi atingida
Igreja
A igreja católica também foi atingida. De acordo com o padre Iran Caetano de Andrade, estava prevista uma missa para ser realizada minutos antes da chuva de granizo, mas ao observar a formação de nuvens o padre pediu que fosse adiada. “Graças a Deus não teve a missa, porque era uma celebração das crianças e muitas poderiam vim à igreja. Parte do forro da igreja caiu, tivemos prejuízos, mas vamos recomeçar”, garante o padre.
Falta de água
O estudante Ademilton Fonseca Melo de Souza diz que além da devastação os moradores estão enfrentando problemas com relação ao abastecimento de água.
Ademilton Fonseca reclama da falta de água no povoado 
“É um descaso porque essas pessoas que não têm caixas de água em casa agora não podem limpar as residências porque está faltando água, e não é somente hoje, mas quase todos os dias falta água e quando retorna é na madrugada”, reclama.
Lagarto
A ventania também atingiu uma casa no povoado Itaperinha, em Lagarto. O agricultor José Adilson dos Santos relata que estava se preparando para deixar a residência quando percebeu a ventania forte e logo a chuva de granizo derrubou parte de uma estrutura de concreto da casa. “Foi tudo tão rápido que até agora estou preocupado porque nunca em toda a minha vida vi algo desse tipo”, constata.
Durante todo este domingo,4, não choveu no povoado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário