segunda-feira, 12 de novembro de 2012

MARCELO DÉDA FALA DO EMPRÉSTIMO, DE POLÍTICA E DIZ QUE HÁ VIDA APÓS O CÂNCER




- Eu acredito que Jackson [Barreto] é o candidato natural de nossa base, mas ainda é cedo para definições. É preciso permitir que todos os partidos aliados, não apenas o PT, possam analisar os cenários, definir um perfil de candidato e manifestar suas pretensões.
A declaração é do governador Marcelo Déda (PT), divulgada neste domingo (11) pelo “Jornal da Cidade”, durante entrevista exclusiva ao jornal.
Déda também falou de sua provável candidatura ao Senado: “É uma possibilidade, mas eu só examinarei efetivamente essa hipóteses em janeiro de 2014. Preciso recuperar minha saúde, governar Sergipe e concluir meu programa de Governo, com as obras e investimentos que planejei”.
Marcelo Déda também falou sobre a eleição para conselheira do Tribunal de Contas e a questão da dificuldade de votação do Proinvest como uma prévia do cenário para 2014. Para ele”não dá para negar que há uma precipitada antecipação do pleito de 1914. É natural que as forças políticas se organizem, se fortaleçam e construam suas estratégias para a próxima disputa, mas é um erro, repito, um erro gravíssimo, tentar por um projeto eleitoral à frente dos interesses gerais do povo sergipanos”.
Acrescenta que: “o povo vê isso como ambição desmedida e pode desconstruir a imagem de um candidato ou a legitimidade de um projeto. Eu cheguei onde cheguei porque nunca me esqueci de um fato na Democracia: Sua Excelência é o Povo e o povo mão é bovo!”
Deixar a base – Sobre o motivo que provocou a divisão da base aliada na Assembléia Legislativa, Marcelo admitiu que “nós estamos vivendo um momento específico, marcado por uma radicalização que ecoa ainda a recente batalha eleitoral. É preciso ter paciência e compreensão. Não está ainda definido o padrão do novo relacionamento que teremos com o Parlamento”.
- O que nós do Governo precisamos, humildemente compreender e aprender, é que a Assembléia terá que merecer mais atenção, mais diálogo, mais negociação nos temas prioritários para o Governo. Precisamos aprender e incorporar sugestões dos deputados a examinar com respeito os pleitos parlamentares, disse Déda.
Para o governador, “a instabilidade de hoje pode se transformar numa preciosa lição para nós todos e construir um novo paradigma para as relações do Executivo com o Legislativo. O que nós não podemos – nem Governo, nem oposição, nem deputados que si dizem independentes – é viver nesse clima de FlaxFlu, brigando por tudo e ainda xingando o juiz. Sergipe não está em pé de guerra civil e o povo não é bobo: a tudo vê, tudo analisa e, na hora certa, tudo julga.
Empréstimo – Sobre a avaliação de de quem mais seria perdendo sobre a não aprovação do empréstimo  Marcelo Déda diz “que uma das maiores vítimas da rejeição do Proinvest, serão os prefeitos recém eleitos. Não sobrará dinheiro para parcerias. Preocupa-me, também, as dificuldades que serão criadas para os Poderes”.
Para Déda, “compromissos assumidos na elaboração do orçamento, repasse de verbas suplementares e outros instrumentos de cooperação do Executivo com o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público, e o Tribunal de Contas do Estado, dificilmente poderão ser mantidas pelo Governo sem a renegociação das dívidas antigas previstas no projeto”.
- Continuo acreditando na responsabilidade dos parlamentares e repito o apelo que já fiz antes: presidente Angélica Guimarães, pelo bem de Sergipe, ponha os projetos para votar, pediu.
Obsessão – “Marcelo Déda considerou muito difícil a desvinculação da política. Diz que “é um homem de ação e, modéstia parte, obcecado pela responsabilidade. Sempre considerei o poder, o Governo, como uma tarefa que o povo confia a um cidadão. Cumprir essa tarefa da melhor possível sempre foi minha obsessão”.
Déda diz que “quando um problema de Saúde me afasta da linha de frente é claro que isso me angustia. Mas a amizade, o companheiros e a lealdade de [governador em exercício] Jackson Barreto, somado ao profissionalismo da equipe de Governo e à solidariedade dos companheiros dos partidos aliados, em especial da nossa bancada, ajudam a reduzir a angústia porque sou sempre consultado sobre as decisões estratégicas do Governo e da política”.
Sobre a real situação do problema de Saúde que hoje o governador Marcelo Déda enfrenta, ele respondeu: “o prognóstico é que tenho uma doença grave, mas perfeitamente tratável e curável. Os exemplos de amigos como [ex-presidente] Lula, a presidente Dilma [Rousseff], José Eduardo Dutra e de personalidades como o ator Genecchini mostram que há vida depois do câncer e eu estou lutando por ela.

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