quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Desemprego em baixa chega a causar surpresa


Dados do IBGE mostram que taxa foi de 5,5% em 2012

O IBGE divulgou que em 2012 a taxa de desemprego foi de 5,5%, a menor dos últimos dez anos. Nada mal para uma economia de baixíssimo crescimento, ou quase estagnada. Aliás, bom demais, porque, na verdade, trata-se de um paradoxo econômico, já que a elevação do nível de emprego depende diretamente do crescimento, que se materializa com mais investimentos na produção, coisa que não vem acontecendo.
Ouvido pelo escriba, o ex-governador Albano Franco, que é membro do Conselho Superior de Economia da FIESP, foi enfático ao afirmar que: “Para manter esse alto nível de emprego é absolutamente necessário que o investimento cresça para impulsionar a economia. Para tanto, será imprescindível uma articulação  proativa entre o governo e o empresariado, baseada na confiança, a fim de que os empresários retirem da gaveta seus planos de investimentos visando o aumento da produção”.
Clima de confiança
Acrescentou ainda o dr. Albano que: “Não são apenas juros baixos e generosas linhas de crédito que estimulam os empresários a investir. Isto é importante, mas é preciso que o governo crie um clima de confiança e cumpra efetivamente seu papel de indutor do crescimento, a exemplo do que fez JK, nos anos 50; reduzindo seus gastos correntes, investindo na infra-estrutura em parcerias com a iniciativa privada e intervindo menos no jogo econômico. E também, encaminhas as reformas estruturantes de que o Brasil tanto necessita para alcançar o desenvolvimento sustentável.
Não custa lembrar que as últimas reformas econômicas foram realizadas no primeiro governo FHC, há 15 anos. De lá prá cá só houve distribuição de renda e ampliação do crédito, o que proporcionou um extraordinário crescimento da demanda sem que a oferta interna de bens e serviços se expandisse na mesma proporção. Portanto, é chegada a hora do investimento na produção para que o nível de emprego se mantenha alto e a inflação sob controle, se possível, no centro da meta, ou seja, 4,5% ao ano”, concluiu o dr. Albano.
Por Ivan Valença

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