O Conselho de Disciplina da Polícia Militar decidiu na manhã desta quarta-feira, 11, optar pena condenação do Sargento Jorge Vieira da Cruz, um dos dirigentes da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (AMESE), acusado de participar de mobilizações e assembléias reivindicatórias da classe militar. Com a decisão, o sargento, que possui 16 anos de serviço, será reformado proporcionalmente, perderá 50% do salário e não poderá concorrer a outros cargos da corporação. A sentença será deliberada pelo Comando Geral da PM, que poderá homologar ou modificar o resultado final.
O Conselho de Disciplina da PM formado especialmente para investigar este caso é presidido pelo Tenente Coronel Enilson Aragão com a participação dos Capitães Geovanio e Denis. Com 3 votos a favor, o Conselho decidiu que o Sargento Vieira é culpado no processo que tem como base medidas disciplinares. O militar esteve à frente de mobilizações, passeatas assembléias a favor de melhores condições de trabalho da PM.
Segundo informações do Sargento Edgar Menezes, um dos dirigentes da AMESE, 9 pessoas estão sendo julgadas desde janeiro deste ano. “Alguns desses militares estão sendo julgados apenas por participar das nossas assembléias. A legislação atual é retrógada, por isso tenho plena convicção de que todos terão o mesmo destino ao serem punidos por meio de acusações que para mim não tem nenhum fundamento. Se não fosse trágico, seria cômico”, resume.
De acordo com o Sargento Vieira, que lamenta a interrupção de sua carreira, os advogados de defesa já preparam estratégias para que ele possa recorrer da decisão. “Estou trabalhando para que ainda esta semana, possamos recorrer da sentença. Inúmeros fatores a exemplo de minha excelente atuação todos estes anos dentro da corporação, não foram levados em conta. Sempre lutei por melhores condições de trabalho, estarei de cabeça erguida e lutando até o fim para que tudo se resolva”, ressalta.
O Capitão Charles Victor, responsável pela assessoria do Comando Geral explica que a sentença somente será analisada pelo Coronel Aelson Resende Rocha, após o relatório oficial enviado pelo Conselho de Disciplina. “Ao receber o documento, o comandante consultará a Corregedoria para uma análise do cumprimento das formalidades administrativas. Em seguida, o Coronel Aelson irá julgar o caso e de acordo com seu entendimento, poderá pela decidir pela absolvição ou expulsão do Sargento Vieira da corporação”, detalha.
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