terça-feira, 15 de outubro de 2013

Operação padrão: Sinpol quer parar viaturas da SSP


SSP faz pesquisa quanto à habilitação para viaturas ostensivas

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol) pretende paralisar todas as viaturas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) até o final do ano, fruto da operação padrão desencadeada para pressionar o Governo a formalizar acordo pela revisão geral salarial conforme os entendimentos firmados entre o Poder Executivo e os delegados de polícia.

O presidente do sindicato, Antonio Moraes, explica que a estratégia é fruto do descaso da SSP em não proporcionar curso de formação específica aos agentes para condução de veículos de urgência e emergência. Fruto da operação padrão, segundo Antonio Moraes, algumas delegacias de polícia já estão sem prestar atendimento ao público e outras apresentam grandes filas porque não há delegados de polícia para acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelos agentes e escrivães de polícia.

O Sinpol fará contatos com o Tribunal de Justiça e com o Ministério Público para pedir apoio nas negociações com o governo. “Vamos comunicar nossa decisão ao Tribunal de Justiça e também ao Ministério Público e, ao mesmo tempo, vamos solicitar a intervenção deles nas negociações com o Governo”, ressalta Moraes.

A delegada Viviane Pessoa, coordenadora das Delegacias da Capital, informa que a SSP está em permanente disposição para dialogar com os agentes e que não tem conhecimento da existência de interrupção do atendimento ao público. A delegada informou que a operação padrão não trará qualquer problema, desde que não haja atos ilícitos e abusivos. A SSP, segundo a delegada, já consultou os órgãos de trânsito e constatou que não há previsões legais quanto a possíveis exigências especiais para a condução de viaturas não ostensivas da polícia civil. Quanto às viaturas ostensivas, a SSP continua fazendo pesquisas para prestar os esclarecimentos necessários aos agentes.

O delegado Kássio Viana, presidente da Associação dos Delgados de Polícia (Adepol), observa que a operação padrão promovida pelo Sinpol está trazendo um efeito inverso. “Eles [os dirigentes do Sinpol] estão diminuindo a importância dos agentes”, observa o delegado. Kássio observa que as viaturas da polícia civil não se caracterizam como carros de urgência e emergência devido à atividade peculiar da corporação. “É um trabalho investigativo, e todo trabalho investigativo é discreto, não é uma ação preventiva”, considera o delegado. “Todas as obrigações do delegado de polícia e dos agentes estão na lei e todos nós, delegados e agentes, sabemos quais são as nossas obrigações”, observou.

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