terça-feira, 15 de outubro de 2013

Quadrilha que roubava bancos no NE gastava com festas e rinhas de galo

Delegada afirma que rombo em assaltos é incalculável. 
Polícia cobra do exército mais fiscalizações no uso de explosivos.


Cinco presos foram apresentados na coletiva da polícia.  (Foto: Natália Souza/G1)Cinco presos foram apresentados na coletiva da
polícia. (Foto: Natália Souza/G1)
O patrimônio "conquistado" pela quadrilha especializada em assaltos a bancos que atuava em Alagoas, Sergipe e Bahia, e que foi presa na última sexta-feira (11), em uma operação da Deic, é incalculável, segundo a delegada Ana Luisa Nogueira. Os cinco presos foram apresentados em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (14), em Maceió.
"Não dá para calcular, mas sabemos que foram milhões. É um dinheiro que vem fácil e vai fácil. Eles gastavam com farras, festas e rinhas de galo", afirmou Ana Luisa.
"Graças às investigações, chegamos até esse grupo e descobrimos que eles atuavam há muito tempo nessa área. Mas eles não são os únicos, há outras quadrilhas e temos equipes em diligências para capturá-los", diz a delegada.
Na última sexta-feira, foram presos em Piranhas e São José da Tapera, Ângela Maria Estevam Bezerra, 25, Jair Sandro dos Santos, 27; em Canindé do São Francisco (SE), foi detido Josenildo  Machado Lima, 42 anos,  o “Tóia”, e na cidade de Paulo Afonso (BA) foram presos os irmãos Everaldo João de Sá, 32, e Josenilton de Sá, de 37 anos, conhecido como “Sapo”. O líder do grupo, identificado como Jean foi morto durante troca de tiros com a polícia.
O delegado da Delegacia de Policia Judiciária do Sertão, Robervaldo Davino, ratificou a maneira que o grupo gastava o dinheiro roubado. "Eles chegavam a gastar R$ 10 mil em uma só farra. Chegamos a investigar se havia ligação política e motivação eleitoral nos roubos, mas afastamos essa hipótese", disse.
Delegados explicam como grupo agia em Alagoas e outros estados. (Foto: Natália Souza/G1)Delegados explicam como grupo agia em Alagoas
e outros estados. (Foto: Natália Souza/G1)
Davino foi veemente sobre a atuação integrada da polícia e Ministério Publico, através da investigação do promotor Luiz Tenório, mas cobrou fiscalizações sobre uso de explosivos, material usado durante os assaltos a bancos.
"Já estive reunido com o exército, para que a fiscalização seja intensificada em pedreiras, construtoras, obras como a do Canal de Sertão, que utilizam os explosivos, e que quando esse material for roubado seja imediatamente avisado".
"A vulnerabilidade dos bancos à noite e de madrugada é inadmissível. Não vamos tolerar bancos abertos à noite sem uma única vigilância. Assim é muito fácil para os bandidos. Não podem deixar tudo sob responsabilidade da polícia", destacou
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário