segunda-feira, 18 de junho de 2012

Padre suspeito de pedofilia é solto, mas continua afastado das funções

Bispo diocesano disse que a pedofilia está entre os crimes mais odiosos. Dom Verzeletti expressou vergonha em carta dirigida ao clero de Castanhal.

Mesmo tendo ganhado a liberdade por meio de um habeas corpus, concedido pelo desembargador João Maroja do Tribunal de Justiça do Pará, o padre suspeito de abusar sexualmente de um menino de 12 anos, em Castanhal, nordeste paraense, continua afastado das funções sacerdotais, informa um comunicado oficial divulgado pela Cúria Diocesana.

Na noite da última quarta-feira (13), policiais militares, que faziam rondas por um ramal no município, avistaram o carro em que estava o padre e o menino. Segundo os PMs, o padre tentou fugir do local ao perceber que ia ser abordado. Ao ser questionado, ele disse que estava sozinho no veículo. Mas, em seguida, os policiais viram o menino dentro do carro.

O padre foi solto do Centro de Recuperação do município na tarde do domingo (17). Nesta segunda-feira (18), a Diocese de Castanhal não informou onde o padre passará os próximos dias. O inquérito que investiga o caso de pedofilia está em andamento e deve ficar pronto dentro de 30 dias. Até lá, a Diocese não comenta o caso, a não ser por meio de nota oficial.

Dom
Dom Verzeletti disse estar envergonhado com o caso de pedofilia que envolve um de seus padres (Foto: Raimundo Dias/O Liberal)

O bispo de Castanhal, dom Carlos Verzeletti, divulgou uma carta dirigida aos padres da diocese conclamando a todos a participar, no próximo sábado (23), de um dia de oração e jejum na igrejas da região, como forma de “penitência”.

Crime
A carta de dom Verzeletti foi a primeira manifestação pública oficial sobre o caso do padre suspeito de pedofilia. Ele reconheceu que o crime do qual o sacerdote é acusado “está entre os mais odiosos”. “É difícil pensar em algo mais grave”, enfatizou.

O padre suspeito de pedofilia trabalhava na cadetral, igreja onde também atua dom Carlos. Era alguém de confiança na igreja de Castanhal. “Enquanto não se provar a acusação, continua esperando na demonstração de sua inocência”, escreveu o bispo, que manifestou estar envergonhado pelo que aconteceu.

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