quinta-feira, 22 de março de 2012

Desaparecimento: OAB/SE quer explicação da SSP


A OAB/SE vai pedir rigor nas investigações do desaparecimento de Jonathan Carvalho dos Anjos, 16, que estava na companhia de outros três rapazes que foram mortos em um suposto confronto com a Polícia. Os pais do garoto responsabilizam a Secretaria de Estado da Segurança Pública pelo desaparecimento do garoto e acreditam que os rapazes suspeitos de envolvimento no assassinato do policial militar Elder Freitas, que estavam com o menor, tenham sido executados pela polícia.

Na tarde desta quarta-feira, 21, familiares de Jonathan buscaram apoio da OAB/SE para elucidar o desaparecimento do garoto. “A OAB é a maneira que encontramos agora para cobrar do governo, do comando e da sociedade, as providências que têm que ser tomadas para encontrar o nosso filho que há mais de oito dias está desaparecido”, contou o pai do garoto, Rosinaldo Araújo.

Na OAB/SE, os pais de Jonathan foram recepcionados pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, Cláudio Miguel Menezes, e pelo conselheiro federal Henri Clay Andrade, ex-presidente da seccional sergipana da OAB.

O ex-presidente da OAB/SE, que integra a Comissão Especial da OAB/SE para acompanhar as investigações, informou que a entidade está tentando marcar uma audiência com o secretário da Segurança Pública, João Eloy, para cobrar rigor nas investigações.

Aos membros da OAB/SE, o pai revelou que Jonathan saiu de casa com o primo, Ricardo (ex-presidiário), para jogar vídeo game, mas o primo o levou para Neópolis, onde veio acontecer a operação da polícia. “A polícia já estava no encalço desses meliantes e infelizmente meu filho estava na companhia deles”, lamenta o pai. “E numa suposta troca de tiros, três vieram a óbito, e meu filho nem apareceu, nem vivo, nem morto. Por isso estamos aqui procurando a OAB. Confiamos muito na entidade e temos certeza que esse mistério vai ser desvendado”, afirmou Rosinaldo.

A mãe do garoto desaparecido, Patrícia Ayres, aproveitou o momento para fazer um apelo ao governo. “Só queria pedir mais empenho das autoridades, porque nós precisamos encontrar o meu filho. É um direito nosso como cidadãos. Então, estou pedindo aqui que nos ajudem, porque ele é um menino, tem apenas 16 anos, um bom aluno, o Colégio todo está comovido, nunca teve passagem na polícia, nunca teve problemas com drogas, e, infelizmente, aconteceu isso. Nós queremos justiça, queremos uma resposta da justiça, porque é nosso direito”, desabafou.

O presidente da OAB/SE, Carlos Augusto Monteiro Nascimento, informou que já estabeleceu contato com a Secretaria de Segurança Pública para agendamento da audiência para buscar maiores informações sobre o episódio, bem como solicitar uma apuração mais ágil da polícia sobre o caso.

Por Cássia Santana, com informações da Ascom da OAB/SE

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