quinta-feira, 29 de março de 2012

Tabocas: Genival descarta licença para aterro sanitário


“O que a gente está licenciando no Povoado Tabocas em Nossa Senhora do Socorro, não tem nada a ver com aterro sanitário. Nada a ver mesmo”. Foi o que garantiu na manhã desta quinta-feira, 29, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Genival Nunes.

Semana passada, a reportagem do Portal Infonet acompanhou os deputados estaduais [integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa], em visitas as obras da Empresa Torre no Povoado Tabocas e ao aterro sanitário da Estre Ambiental no município de Rosário do Catete.

Os moradores da Tabocas formaram uma comissão para tentar impedir que seja liberada a licença visando a construção de uma lixeira por parte da Empresa Torre. Eles afirmam não aceitar “uma lixeira no quintal de casa”.

“Tem uma parte do terreno da Tabocas, que a empresa solicitou licença ambiental para construir uma Unidade de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCD). A gente observa em Aracaju, amontoados de sujeiras, de resíduos da construção civil. Eles pedem esse licenciamento para uma coisa mais simples, sem mal-cheiro, sem chorume. O que a gente está licenciando lá é isso, mas não tem nada a ver com aterro sanitário”, garante Ganival Nunes.

Indagado pelo Portal Infonet sobre a presença de material para a construção de mantas destinadas ao chorume no terreno da Torre na Tabocas, o secretário do Meio Ambiente foi enfático:

“Aquela manta não é o PCD de aterros sanitários, mas sim para a contenção de poeiras que a britadeira traz quando vai quebrar o material de resíduos de construção”, destaca acrescentando que a licença ainda não foi aprovada.

Porta-voz

Ainda sobre o licenciamento, Genival Nunes comentou afimrações do deputado Augusto Bezerra (DEM) quanto a liberação para as obras da Empresa Torre. “A gente não aprovou nada, não tem resultados. Eu ouvi o deputado Augusto Bezerra questionando por que agora eu sou favor e antes era contra. Quem foi que disso que estou a favor? Eu era a voz, hoje sou apenas porta-voz, pois quem dá a licença é o conjunto técnico, quem faz a análise são os técnicos. Acabou-se o tempo em que alguém mandava e a licença saia, como há seis anos. Hoje a licença sai por um estudo exclusivamente técnico”, esclarece Genival Nunes.

A Empresa Torre informou que somente serão aceitos na Unidade de Reciclagem, resíduos da construção e demolição, que serão triados e reciclados conforme a Classe determinada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
“A área operacional será dotada de sistemas de controle, assim como a entrada e saída dos resíduos e na cadeia de resíduos, esse tipo de empreendimento se destaca no desenvolvimento do processo de sustentabilidade”, enfatiza a Torre lembrando que os resíduos da construção civil oferecem graves impactos ambientais em virtude da disposição irregular.

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