Familiares do senhor José Elpídio dos Santos, 91 anos, denunciam que o idoso morreu por falta de atendimento no Hospital Regional de Estância. O aposentado precisou ser transferido para o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) por causa da falta de médicos no hospital local.
Segundo informações do filho de José Epídio, Geraldo Salvador, 63 anos, o seu pai passou mal na manhã da última terça-feira (10) e foi conduzido em um taxi até o Hospital Regional de Estância. Na unidade de saúde a família foi informada que não havia médico e o idoso não recebeu nenhum atendimento. Geraldo também revelou que ele foi quem providenciou uma carona em uma ambulância para levar o pai até o HUSE.
"Quando eu cheguei com o meu pai a enfermeira chefe foi logo dizendo que não tinha médico e que eu levasse meu pai para Boquim, pois lá teria médico para atende-lo", desabafou Geraldo que ressaltou ."Quando ela me falou que não adiantava descer meu pai do taxi eu pedi para pelos menos verificar a pressão e ela me disse que não", completou.
Para Geraldo de nada adianta ter um hospital e não ter médico. "Se não tem médico feche as portas, pois eu não quero que aconteça com o pai ou a mãe dos outros, o que aconteceu com o meu", declarou.
Após ter o atendimento negado, Geraldo conseguiu que o motorista de uma ambulância da cidade de Cristinápolis conduzisse o seu pai, juntamente com outro paciente que já estava na unidade de socorro até o HUSE. José Elpídio chegou a Aracaju por volta das 13h 30m e faleceu pouco após as 15h.
Segundo informações da família, o médico que atendeu o agricultor aposentado na capital afirmou que ele chegou com um princípio de infarto e a demora no atendimento pode ter sido um agravante para a morte do idoso.
Nota
A Assessoria de Comunicação do Hospital Regional de Estância informa que a equipe gestora da unidade de saúde lamenta a impossibilidade de atendimento ao sr° José Elpídio e justifica a ausência de médicos clínico e pediatra no plantão diurno dessa terça-feira, 10 de janeiro de 2012, em virtude da ida desses profissionais ao local da prova de residência que os mesmos precisaram se submeter e a impossibilidade de substituição na escala médica.
A assessoria também informou que no plantão da noite, a unidade disponibilizou clínico, pediatra, ortopedista e cirurgião. Além disso, ressaltamos que a Fundação Hospitalar de Saúde se mantém empenhada no processo que visa a manutenção de uma escala médica fixa no Hospital Regional de Estância e para isso já elaborou edital para contratação de novos profissionais.
Com informações do diáriosergipano.com.br
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